Quem disse que para viver como rico vive precisa gastar o que rico gasta? Pois andar pelos camarotes da folia não é exclusividade de barão. Dá para ter acesso a um espaço diferenciado e uma visão privilegiada dos circuitos a partir de R$ 60 por noite.
Tem opção para todos os gostos: desde os espaços que só oferecem uma vista panorâmica dos trios, até aqueles que têm open bar com bebidas importadas, salão de beleza e área para massagem.
O Camarote Salvador sempre um dos mais disputados do evento terá valores de R$ 1.290,00 à R$ 1.890,00.
Camarote Caranguejo do Porto, na Barra, oferece área de massagem e customização de abadás, desconto de 25% e preço especial para crianças (Foto: Divulgação)
“A gente não deixa nada a desejar aos outros. Nosso preço é uma oportunidade, porque trabalhamos com uma margem de lucro justa, fazendo parcerias”, explica Roberto Amoedo, sócio do Camarote Marinada, da Barra.
Os organizadores garantem que o precinho em conta não é a única vantagem. “Tenho vários clientes que vieram porque camarotes grandes são a maior dificuldade até para comprar bebida”, afirma o proprietário do Casa da Barra, Luiz Lima.
Família
Lima acredita que espaços como o Casa da Barra estão se tornando preferidos de famílias e grupos. “Estou vendendo para muita gente do Maranhão, Paraíba, Ceará... São pessoas que procuram preços acessíveis”.
Esse perfil “familiar” é o ponto forte do Camarote do Farol, segundo o proprietário, Danilo Lacerda. O espaço dele não ter open bar, mas tenta conquistar os foliões com a facilidade de acesso, bandas e DJs. “Nossos clientes querem evitar camarotes em que você nem vê o trio passar. Aqui, o trio passa a três metros do mirante”, diz.
Axé Bahia tem salão de beleza
(Foto: Divulgação)
O mirante também é um dos destaques do Axé Bahia, que divide a conta em até 10 vezes. Assim como Gilberto Gil tem sua Varanda Elétrica no Expresso 2222, o Axé Bahia tem o Mirante Elétrico. “Os artistas tocam também para a pipoca. Por ficarmos no começo do circuito, pega a atração fervendo”, afirma o sócio-diretor do espaço, Rodrigo Monteiro.
No Caranguejo do Porto, os descontos chegam a 25% para quem comprar nos balcões da Ticketmix e em sites de compra coletiva (veja abaixo). Com área de massagem e customização de abadás, o espaço cobra R$ 150 de crianças com idade entre 10 e 15 anos.
Nicho
Apesar de não ser dos mais baratos, no Planeta Band Othon 60% dos pacotes vendidos são do tipo “tradicional” - o mais barato, que não inclui nem comida, nem bebida, a partir de R$ 190. “Abrimos oportunidade para um público que não bebe ou que quer apenas economizar. Com isso, temos um público jovem”, aponta o sócio-diretor da Camarote Marketing, responsável pelo local, Clínio Bastos.
Espaço Casa da Barra destaca preços acessíveis e ambiente tranquilo
(Foto: Divulgação)
E considerando apenas os valores, nada supera o Camarote Universitário, organizado por servidores e professores da Ufba. O espaço, no Ginásio de Esportes da universidade, em Ondina, tem público-alvo de estudantes, professores e servidores da instituição.
“Não é para lucro, é só para a confraternização. Mas todos podem levar a família e amigos. Na verdade, a maioria dos professores compra para os filhos e netos”, conta o professor Joviniano Neto.
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Apartamentos de parentes viram camarotes particulares. E de graça
Apesar dos espaços privados com preços mais baixos, alguns sortudos passam o Carnaval em um camarote particular, que no resto do ano é conhecido apenas como “casa de parente”. O estudante de Medicina Alesson Rodrigo, 22, mora em Petrolina (PE), mas sempre vai no Carnaval para o apartamento da madrinha, bem no circuito de Ondina.
“Já é uma tradição dessa época, porque eu praticamente me mudo para lá. Moro com ela durante os oito dias de festa”, brinca. E não é só ele: mãe, pai, irmãos, primos, amigos... Todo mundo se muda para a casa da madrinha.
“São umas 25 pessoas em quatro quartos, fora quem passa por lá mas não se hospeda. A gente leva cooler com bebidas, petiscos e cadeiras para a frente do prédio e ficamos lá assistindo. É muito mais tranquilo e seguro”, destaca.
E, dado que é Carnaval, o conceito de “parente”, em “casa de parente”, pode ser bastante amplo. A advogada Maria Eduarda Amaral, 24, por exemplo, vai com a família para o apartamento do namorado da prima, também em Ondina.
“Já tem uns quatro Carnavais que passo lá e é sempre tranquilo. São duas janelas, aí o pessoal se reúne na sala e fica assistindo”, conta. Para ela, ficar com a família é a melhor opção. Assim, o orçamento para todos os dias não passa de R$ 300. “Gasto com comida, bebida, porque todo mundo que vai leva alguma coisa. É só cerveja mesmo”, diz.
Matéria original: Correio 24 horas / Adaptação: Rayfranci Diniz
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